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domingo, 18 de novembro de 2012

De um pecador como todos nós


"Mesmo manchados pelo pecado e a morte, os seres humanos
são criados a imagem de Deus
e formados no ventre materno com seu soberano cuidado.
Mas nos esbarramos com a cruel realidade da nossa
fraqueza e fracasso. Não conseguimos ser como Deus no seu
atributo mais marcante – a santidade.
Pecamos. Somos rebeldes. Falhamos. Fazemos o que sabemos 
que não devemos. Negligenciamos as questões mais 
importantes da vontade e questionamos o trivial. Com as 
nossas palavra machucamos e magoamos as pessoas que 
amamos. Quem pode nos libertar dessas realidades amargas 
e limitadoras que temos?
Louvor e aleluias a Jesus quando confiamos nele como nosso
Messias e Salvador, porque ele pode nos libertar dessas
maldades e nos treinar para uma vida cheia de bênçãos
para os outros e louvores a Deus."

Uma pequena menina, foi levada pela tia à igreja e aceitou Jesus. Quando chegou a casa ela disse aos pais : "Pai deixa-me ser crente ?" O Pai e a mãe disseram: "De modo nenhum, nós somos seguidores de Maomé." Mas ela insistiu tanto que os pais responderam : "Com uma condição, Cada vez que fores ao culto quando chegares a casa levas uma surra".  Ao que ela respondeu: "está bem!". Assim sendo, sempre que ela ia para o culto chegava em casa e levava uma surra. Um dia, com 12 anitos a tia deu-lhe um vestido branco com o qual e ela cantou na igreja sozinha o seu primeiro solo. tinha 1 aninho de convertida. Quando acabou o culto ela ficou com as amiguinhas, brincando e conversando, felizes. A determinado momento o pai dela chegou bêbado, agarrou na menina e espancou-a, ferindo-a gravemente. Prenderam o pai. Então, a tia e o pastor pegaram na menina e colocaram-na deitada num banco, tiraram-lhe o vestido branco enquanto ela perdia a consciência e voltava. E, cada vez que recuperava a consciência ela dizia: "Pastor, onde está o meu vestidinho?" O Pastor respondia: "esquece o vestido minha filha, ele está todo sujo de sangue. Sê forte, aguenta que o médico está a chegar" Entretanto ela desmaiava, acordava novamente e dizia: "pastor, por favor, eu quero o meu vestidinho branco" E, ele novamente respondia: "esquece o vestido ele está todo sujo" Isso aconteceu cinco vezes e na quinta vez que aconteceu a menina disse: "Pastor eu estou a ver Jesus ali em pé e Ele está a dizer-me que me vai levar agora, por favor, pelo amor de Deus, por tudo o que é mais sagrado, dê-me o meu vestidinho branco?" Então, o pastor agarrou no vestido e deu-o à menina, perguntando: "porquê?" Ela, abraçando o vestidinho, foi fechando os olhinhos. O pastor mais uma vez perguntou: "Mas porque queres tanto esse vestido?" E as últimas palavras dela foram: "Eu quero entrar com esse vestidinho sujo de sangue no céu, para mostrar a Jesus, que assim como um dia Ele sangrou por mim, eu também sangrei por Ele…

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Império do Sol


Parte 1

Parte 2

Sinopse: Jim Graham é um jovem de 11 anos, da classe alta, que vive no Oriente com os pais, britânicos. Ele acaba separado dos pais devido a invasão japonesa à China, o que o força a sobreviver pelas próprias forças a todos os horrores da Segunda Guerra Mundial.


Palavras-chave: amadurecimento, infância, Segunda Guerra

Todas as informações aqui contidas são propriedades de seus respectivos produtores. 

Cineplayers Ltda. (2003 - 2012)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Judas (2003)


"Conhecido na história como o apóstolo que traiu Cristo, Judas é um homem que acredita fervorosamente na missão de seu Mestre. Mas quando membros de sua família são presos, ele entrega Jesus aos Romanos. Judas tem a esperança de que Jesus usará seus divinos poderes para liberta-se de seus algozes. Mas quando não o faz, o remorso o leva a tomar uma trágica decisão. A única possível para um homem que traiu o Filho de Deus."

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não desista dos seus sonhos

Não desista dos seus sonhos 


Seus Sonhos são suas forças para enfrentar os problemas da vida, com fé em Deus

Ao contrário de querer desistir de seus sonhos, você deve acreditar que, por mais difíceis que eles sejam de ser realizados aos seus olhos, são fáceis diante do poder incontestável de Deus.

Seus Sonhos fazem com que você esteja sempre alegre e esperançoso com os resultados promissores de todas as suas atividades diárias.

Eles fazem você ser mais criativo e persistente em suas buscas por dias melhores, por um mundo mais saudável e feliz, tanto para você quanto para seus amigos e familiares.

Seus Sonhos o manterão sempre jovem e sorridente, amigo confiável das pessoas que o cercam e orientador delas, na hora em que se lhe apresentem com algum problema que acham difícil encontrar a solução.

Você as ajudará porque será beneficiado pelo Poder Soberano de Deus em sua vida, que estará sempre presente em seus caminhos, pois você O teme e O coloca acima de todas as decisões que tomará orientado por Ele.

Não desista dos seus Sonhos e creia que Deus está presente o tempo todo ao lado dos que O temem.

Para meditar:

Não presumas o dia de amanhã, pois não sabes o que produzirá o dia.

Provérbios 27.1

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Resgata-me

"Vejo homens como árvores / Vida sem cor

Eu não tenho quem me dê a mão / Eu não vejo amor
Tenho sede, fome de viver
Movido à força da fé / Nascer de novo
Caminhando de encontro a Deus esqueço a dor

Meu desejo é deixar de ser um sol sem calor
Sei que tenho que recomeçar
Pra Te mostrar meu Senhor que Te amo
Vou mergulhar em Ti Senhor

Quero beber do Teu Amor
Vou mergulhar em Ti Jesus
Sei que há ressurreição após a cruz
Quero dançar quero louvar movido pelo Amor

Quero dançar quero louvar pra Te adorar em espírito(2x)
Vejo homens como árvores / Vida sem cor

Eu não tenho quem me dê a mão / Eu não vejo amor
Tenho sede, fome de viver
Movido à força da fé / Nascer de novo
Vou mergulhar em Ti Senhor

Quero beber do Teu Amor
Vou mergulhar em Ti Jesus
Sei que há ressurreição após a cruz
Quero dançar quero louvar movido pelo Amor

Quero dançar quero louvar pra Te adorar em espírito(2x)
Movimentar
Pra te adorar
Quero dançar quero louvar movido pelo Amor

Quero dançar quero louvar pra Te adorar em espírito(2x)"

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Amizade distante



Amizade distante

A maior dificuldade numa amizade é à distância
Porque somos humanos e precisamos do contato diário...

Aí fico pensando que essa separação pode nos trazer uma grande lição.


Talvez Deus queira mostrar que essa amizade se assemelha a sua presença em nossa vida.


Pois Deus a gente não vê, não sente, não escuta e ai como fica?


É através da fé que então nós o vemos, o sentimos e o ouvimos se manifestando em nosso caminho... Ele está em tudo, mas é preciso ter um coração aberto e puro para perceber e preencher o vazio dessa aparente separação...

A distância não significara ausência.


Pois existem muitas pessoas que embora estejam próximas estão tão distantes, e aquele que está longe vem ao nosso encontro.

E nossa amizade hoje é assim... Temos que aprender e entender que não é preciso ver, porque a gente está presente em todo o lugar... Eu estou em você e você está em mim e assim nada poderá deter nosso companheirismo e nossa cumplicidade de uma grande amizade...


E onde quer que eu esteja você estará sempre comigo


Inspiração vinda de uma amiga que a vida nos distanciou,
mas só fisicamente porque ela está presente eternamente no meu coração.
Cidinha minha irmãzinha querida.

FABIANA FREIRE (SEMEADORA)

Amizade

"Se tens um amigo vai vê-lo com frequência, pois os espinhos e as ervas daninhas invadem toda trilha não percorrida."
"Ibara to zassou ga subete no shouseki ga soukou sarete inai shinnyuu suru node, anata ha yuujin o motte iru bai, shibashiba sore ga hyouji sa re masu" 

(Provérbio Oriental)






Falando ao Coração - Vídeo 04

Falando ao Coração - Vídeo 04

Falando ao Coração - Vídeo 03

Falando ao Coração - Vídeo 03

Mensagens Biblicas - Falando ao Coração 01


Mensagens Biblicas - Falando ao Coração 01


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Note to self


Nota Para Si

Duas estradas... Dividindo-se fora daqui, e minha vida correndo em direções opostas.
Exagerando na barreira entre quem eu sou, e quem eu quero ser.
Eu queria ser essa respiração de ar fresco, quando tudo cheirava tão insincero.
Mas esses gostos ainda continuam em minha boca,
E eu estou pronto para desaparecer, férias parecem estar longe... daqui.

Nota para si: Eu sinto sua falta terrivelmente.
isso é o que... Nós chamamos de uma tragédia
Volte pra mim, volte pra mim, pra mim.
Nota para si: Eu sinto sua falta terrivelmente.
Isso é o que... Nós chamamos de uma tragédia
Volte para mim, volte pra mim, pra mim.

Eu posso sentir minha mente, errando de novo.
Para onde eu não sei, eu poderia ir para casa?
Tempo começa se mover, mais rápido do que eu posso.
E estou cansado dessa cena, eu preciso quebrar a rotina.

Eu posso sentir minha mente, errando de novo.
Para onde eu não sei, eu poderia ir para casa?
O tempo começa se mover, mais rápido do que eu posso.
E estou cansado dessa cena, eu preciso quebrar a rotina.

Duas estradas... Dividindo-se fora daqui, e minha vida correndo em direções opostas.
Exagerando na barreira entre quem eu sou, e quem eu quero ser.
Qual parte de mim está perdida? Eu me sinto tão perto, eu ainda estou tão... Longe!...
Qual parte de mim está perdida? Eu me sinto tão perto, eu ainda estou tão longe.

Cansaço





Na mão de Deus
na sua mão direita
repousou enfim teu coração...
Assim disse
o poeta, meu irmão
num jeito de cansaço e de oração...


Também teu coração
andou cansado
Também teu coração procurou por isso

coração doído
enamorado
por veredas e rumos repartido...


Na mão de Deus procurou o
teu repouso...
na mão de Deus procurou

uma pousada...
Na mão de Deus procuro o 
teu sentido
Na mão de Deus procurou
a paz negada...


Na mão de Deus
na hora que vier

meu coração então vai repousar...

Na mão de Deus
na sua mão direita
como um raio
como um sopro
como um grito
Na mão de Deus...
eu sei
eu acredito. 



Maria Helena Amaro

Inédito, abril, 2004


Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

MÚSICAS DA NOITE



A vida inteira fui assim, um perdedor, tentei dar carinhos, mas não tive valor,
acho que nunca fui bem compreendido.


Tanta afeição que na vida enviei,
só recebi ingratidão, por que não sei,
por amores, vi muitas vezes caido.

Por mais que amor e carinho dedicava
nunca encontrei alguém que me amava,
o tempo passou...e sozinho aqui fiquei...


Nunca foi florido os meus caminhos, 
sempre caminhei sobre os espinhos, nunca tive luar em minhas madrugadas.


Tantas foram, mas com outros casaram,
e vejo que tantos anos já se passaram,
ainda hoje, são vazias as minhas baladas.


Lembranças que confundem os pensamentos,
pois ainda balançam meus sentimentos,
as músicas da noite, para sempre se calaram... 


GIL DE OLIVE 

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=82393#ixzz22mjiBSZY Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

domingo, 5 de agosto de 2012

O Homem pronto


O homem permaneceu sentado no único banco de sua cozinha, desde que havia se levantado da cama apenas uma vez ameaçou se aprontar para o trabalho. Saiu da cama com a tristeza arraigada ao seu corpo, vestia-a como a um grosso casaco desde... Um novo olhar para o relógio, o primeiro quarto de hora confirmava ao menos um movimento ao redor, o tempo. Quis tomar um pouco de água, depois pensou no café e acabou por desistir de ambos. Permaneceu preso ao não-pensar, entregue ao único banco de sua cozinha. Uniu as mãos ao peito.... – Deus, a quanto tempo sofro com isso, a quanto tempo meus dias alternam-se entre a intensa melancolia e a visita constante de profundas depressões? Tudo isso depois dela, ela, uma vez mais, chega, será apenas dessa vez e depois, a promessa. Ontem, um pouco mais animado, tentou esquecer a promessa e foi assistir à TV, primeiro com programas de auditório, depois com os programas sobre celebridades, de nada adiantou então resolveu dar uma última chance aos canais do ópio (alguém uma vez se dirigiu assim aos programas de TV, mas era apenas uma vaga lembrança, nada mais), passou a acompanhar os desenhos animados, mas estes, apenas trouxeram novas lágrimas esquecidas de dores passadas. Um profundo gemido cortou o silêncio naquela cozinha, e depois: 
- Por quê, por quê meu Deus? Não agüento mais esta agonia, que me perturba tanto. 
Levantara-se às 6 da manhã e agora completavam 43 minutos que ele estava ali, sentado no único banco de sua cozinha.

- Hoje eu não vou trabalhar. Não consigo. Hoje eu vou cumprir o que prometi e, assim, ela acreditará. 
Permaneceu quieto, absorvido nas lembranças que sua memória insistia em resgatar. Distraiu-se com três moscas que pousavam sobre os restos de um pão da noite anterior. “Da noite anterior...” – ele tentou recordar. Não se lembrava de ter comido algum pão ontem. Também de ter dormido, ele desconfiava que tivesse acordado, ele decidira então que não sabia se realmente acordara naquela manhã.

Foi com essa desconfiança que resolveu se levantar do único banco de sua cozinha, de pé passou a olhar demoradamente para os objetos ao redor, primeiro fitou a pia, encheu os olhos com a pia, depois a geladeira fixou sua atenção com seus longos poemas de adorno. Passou rápido pelo fogão e o seu parceiro botijão – essa dupla estranhamente lhe recordava de Selmo e Salmo, os gêmeos largos de estatura baixa que o infernizaram durante todo o Ensino Fundamental. Selmo cabeceava insetos contra estruturas sólidas, dizia que o som deles sendo esmagados trazia uma deliciosa sensação ao interior de sua cabeça, e Salmo, costumava calçar seus sapatos dois números acima e sair correndo, mas antes certificava-se de enchê-los com baratas e lagartixas, gostava de esmagá-los e o contato com a morte acontecendo aos seus pés descalços, a cada passo, o divertia.

Antes de sair da cozinha se deparou com a garrafa térmica vazia de café e de atenção. Reconheceu ainda o totem sagrado que representava o açucareiro para as formigas em peregrinação num caminho que tinha sua origem lá, de trás do armário das panelas. Olhou para o relógio da parede, 7:38, saiu da cozinha e foi em direção à porta da sala, sua única ligação possível com o interior do prédio. Destrancou-a e a abriu como se fosse sair para o trabalho. 

Com a porta aberta resolveu dar um passo para fora e então se encontrou no corredor cortando a frente do seu apartamento. Deu um leve sorriso perturbado como quem sorri à toa, encolheu as mãos nos bolsos do seu roupão para proteger-se do frio.

Dentro do bolso esquerdo, o controle do portão da garagem, decidiu num impulso descer pelas escadas, e foi pelas escadas, enquanto descia, que dezenas de rostos desconhecidos o cumprimentavam com sorridentes bom dia(s) e como vai(s)?; pensou: “Pessoas confusas tentando me confundir, preciso continuar descendo e sair daqui”. E alguns pareciam tão sinceros que o fizeram desconfiar se realmente não os conhecia, um dos sinceros foi uma mulher que trouxe a lembrança de Pam recolhida na palma da mão, sua reação à lembrança foi apressar ainda mais o passo em direção à garagem. Não quis lembrar-se de qualquer amor que um dia existiu. Só um amor poderia existir e ele cumpriria a promessa para não restar dúvidas.

Em frente ao portão da garagem ele fez o que faria se estivesse num veículo qualquer, com o braço esticado mirando o portão, pressionou o botãozinho responsável por sua abertura, mas na primeira tentativa falhou, esticou novamente o braço na mesma direção e uma vez mais não houve resposta, então decidiu mirar na pequena caixa preta colada na base ao lado da grade, a resposta num solavanco brusco de engrenagens despertando ditavam o movimento constante do pesado portão. Passo após passo aproximava-se, acompanhando a lenta abertura a revelar, os universos possíveis do além-portão. Quase conseguiu respirar o mundo de fora e, por um momento apenas, uma leve brisa acariciou em seu profundo, agradáveis lembranças, mas antes que pudesse insistir em possíveis conquistas, já se encontrava no elevador a caminho do 17º, seu andar.

Chorou um choro epopeico e não percebeu que o elevador estava praticamente cheio até o 8º andar, ninguém se importou, ninguém o consolou e, sozinho, foi incapaz de interromper copiosas lágrimas estandartes de um desespero anunciado. E assim chegou ao 17º andar. Antes de descer não fechara a porta do seu apartamento e agora, ao voltar, também a manteve aberta. Acalmou-se um pouco quando chegou na sala, respirou aliviado por se encontrar em casa e até quis tomar um banho ou comer alguma coisa, também pensou uma vez mais nela: “Agora lembrei de você e, por um momento, em te ligar.” Depois foi até a janela e pensou em se jogar, e também nos 17 andares da queda. Pensou em escrever algo na própria pele, quis quebrar aqueles malditos vasos, pintar as imundas paredes brancas, pensou nisso tudo e não fez nada, encostou-se com as mãos voltadas para a fria parede em frente à janela. A cortina leve, esvoaçante, determinava a distância numa valsa de apenas três giros e, pela primeira vez desde que acordara naquela manhã, uma intensa calma o acolhia, quase um ninar de breves suspiros, sabia que chegara a hora de cumprir a promessa, fechou os olhos para, de cabeça baixa, congelar instantes numa velocidade sem tempo até se projetar num salto pela janela e, por algum momento, alguém lá embaixo pensou ser um lindo pássaro que sobrevoava a cidade...

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=161275#ixzz22grp0ede
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São Sebastião


De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. 

Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). 

Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

O julgamento errado




O julgamento errado de todas as formas;
de todas as coisas obriga-me, agora, a caminhar por paisagens que desconheço e me desagradam.



Tornei-me semelhante ao feno de trigo, que sem escolhas, presta reverência a pesada e gentil mão do vento.



O engano de outrora apenas revelou em mim uma dor que estranhamente fazia-se presente em cada canto de minh'alma, ainda que invisível.



E talvez por deveras estranhada, suprimia ao meu ser respirar, sorver da substância imaterial ao qual chamamos consciência.
Porém, meu coração este ser consciente e livre.



Este ser independente; inclusive de mim, sobreviveu.
Nele, ainda pulso eu.
Nele ainda sobrevivo.
E eu pulso magnificamente, inquestionavelmente uma única palavra.
Uma única dor.
Saudade. Saudade.



Repito eu, sem pressa.
Repito eu cem vezes ao meu coração.



Que já me sente fraco em seu peito,
que sabe que minha felicidade, seu destino e sua vida dependem do meu pulsar.



Saudade, pulso eu,
no ritmo da tua presença.



Saudade. Saudade.

Leonardo Roat

Triste Incompreensão



Todos nós aspiramos, à felicidade e, quando ela surge, poucos sabem compreendê-la.

Em nossa defeituosa mentalidade, julgamos sempre muito pouco aquilo que já temos e, nessa insatisfação permanente, desprezamos a maior beleza da vida que é justamente saber contentar-se com aquilo que se possui.

O grande mal da humanidade é julgar-se injustiçada, frustada em suas aspirações; cada um de nós presume-se o mais digno do bem-estar, o mais indicado para as facilidades e as compreensões do mundo.

Exigimos sempre o melhor e o mais belo que, em nossa insensatez, é tudo aquilo que não poderá pertencer-nos.

Podemos ser amados, ricos, poderosos e saudáveis, porque sempre estaremos insatisfeitos, desejando mais alguma coisa.

Neste vasto mundo, existem tantas criaturas que sofrem e choram tanto ou mais do que nós e, como nós, desejam igualmente encontrar-se e completar-se.

Homens e mulheres no anseio de possuírem a felicidade, aniquilam toda a sua beleza porque sonham demais, idealizam quimeras, exigem absurdos, vibram apenas às emoções materiais.

Nós somos tão imperfeitos, que dificilmente encaramos com alegria a felicidade de outrem.

Julgamos sempre que essa felicidade deveria ser para nós, que somos os melhores e os mais dignos seres da criação.

Pobre humanidade que procura o amor, a compreensão, o bem-estar e a alegria, dentro da indiferença, do egoísmo, da ociosidade e da inveja.

Nós sabemos apenas julgar os defeitos alheios, vibramos somente com os apelos da vaidade, da lisonja e do orgulho!

No entanto, se pensássemos um pouco, se olhássemos para dentro de nós, veríamos que temos o máximo para o mínimo que merecemos!

Aquele que se julga infeliz é porque, em seu egoísmo, esquece a infelicidade dos outros; é porque alimentou dentro de si próprio esse monstro terrível da insatisfação; é porque, em sua triste incompreensão, deseja apenas aquilo que não lhe pertence.

É preciso encontrar a coragem necessária para analisarmos friamente nossas possibilidades, para compreendermos que todos os bens do mundo, os mais fabulosos tesouros da terra, seriam insuficientes para aqueles que, na insatisfação de si mesmos, não se contentam jamais!