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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aprender e existir


A maior paixão da minha história se fundamenta nisso: o amor à aprendizagem. Vale tudo: aprender a estudar todas as disciplinas ainda nos bancos de escola, fazer uma leitura interessante, conversar, sobretudo com os mais velhos, na tentativa de conseguir um pouco – bem pouco – de sabedoria. E que prazer é o poder exclamar: “aprendi”!!! Uma letra de música, um acorde novo no teclado, o uso do pincel numa tela branca, o show da mistura das cores, o descobrir que a semente germinou num vaso, mesmo dentro de apartamento... E como são bonitas as mãos: elas ensinam o cuidado, o afeto. Elas pegam um pedaço de giz e escrevem numa lousa, tendo à sua frente olhares, uns vagos, mas outros tantos com alguma curiosidade que desperta para novas descobertas! A busca do saber faz sonhar, olhar as estrelas com um amor infinito. Perceber o céu intenso que abraça a todos, os bons e os maus, com jeitinho de perdão. As minhas mãos ajudam a colocar agulhas nos pontos acupunturais. Por isso, ajudam os meus semelhantes a se livrarem de dores no corpo e na alma. E como é bom aprender fazer uma comida! A mesa é o espaço mais acolhedor que existe. Lugar de partilha, deixando passar pela boca o sabor daquele doce desejado, que também abraça o coração e faz sorrir.
E como é bom viver! Olhar! Reciclar. Perceber a vida em movimento e observar que o universo é infinito e então os nossos problemas só podem ser microscópicos. Por que chorar? Aprender traz musicalidade a todos os órgãos e vísceras, incansavelmente. Eternamente.

Vera Moratta

Publicado no Recanto das Letras em 20/11/2010
Código do texto: T2627190

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